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AS PEREGRINAÇÕES NA ATUALIDADE
Somente no sec XX, após a II Grande Guerra, o Caminho de Santiago renasceu. Em 1965 Elias Valiña, pároco de O Cebreiro, completou sua tese doutoral sobre o Caminho de Santiago e a partir daquele ano foram criadas as primeiras Associações dos Amigos do Caminho. Houve, então, a divulgação e promoção da rota, e, aos poucos, a peregrinação multiplicou-se. Por iniciativa do Padre Elias, fez-se a marcação da rota oficial com a pintura das setas amarelas.
Em 1976, chegaram 451 peregrinos a Compostela, e no Ano Santo de 1982 o total subiu para 1.868. As comunidades autônomas da Espanha fizeram melhorias na infraestrutura, nos albergues, na sinalização. Em meados dos anos 80, coincidindo com a declaração de Santiago como Cidade Patrimônio da Humanidade, o número de peregrinos voltou a aumentar.
No início dos anos 90, o lançamento do livro "O Diário de um Mago" de Paulo Coelho impulsionou o Caminho, atraindo peregrinos de todas as partes do mundo. Além disso, o governo espanhol investiu maciçamente na divulgação do Caminho, aproveitando o ano santo de 1993, quando 99.436 peregrinos chegaram à Praza do Obradoiro, endereço da Catedral. O número de peregrinos só tem crescido, principalmente nos Anos Santos Compostelanos. Em 1.999, chegaram 154.613 peregrinos, em 2004 foram 179.944 e, em 2010, o número alcançou a marca de 272.135 peregrinos. Em 2022 chegaram 438 mil peregrinos.
Atualmente, diversos são os motivos que levam alguém a peregrinar a Santiago. Alguns o fazem por motivos religiosos, como no início das peregrinações. Outros por motivos espirituais. Há quem o percorra buscando aventura ou mesmo pelo desafio físico da caminhada, ou contato com a natureza. Há também os que são atraídos pelos aspectos culturais, históricos e mesmo turísticos. E muitos fazem o Caminho por vários desses motivos ao mesmo tempo.
Por outro lado, um bom contingente de pessoas inicia o Caminho sem saber ao certo porque está ali, o que os atraiu. Mas, com certeza, ao chegarem a Compostela, terão descoberto o que os motivou.
O Caminho de Santiago é, com certeza, muito mais que uma simples caminhada. Boa parte dos que chegam a Compostela o definem como algo além de um caminho religioso, um caminho espiritual, uma rota de fé; é a busca interior de si mesmo, um caminho para encontrar-se e conhecer a si mesmo. É uma aventura física e, acima de tudo, espiritual.